top of page

Acordo do Gás 

por Daniel Kolbar. Cônsul para Assuntos Econômicos - Rio de Janeiro, Brasil, 28 de julho de 2015 (traduzido Sarita Kraus).

 

O consulado comercial do Ministério de Economia no Rio de Janeiro aumentou, nos últimos meses, sua atuação no ramo de petróleo e gás no Brasil, considerada uma potência mundial na área de perfuração marinha em profundidades de milhares de metros submarinos. Trata-se de uma oportunidade inigualável para criar uma cooperação com milhares de empresas brasileiras que atuam nessa área.


Recentemente participamos na promoção do estande israelense na exposição OTC em Huston, e marcamos dezenas de encontros entre empresas israelenses e brasileiras que estiveram presentes na maior exibição do mundo em tecnologias em alto-mar.


No âmbito das atividades de promoção das empresas israelenses no setor de petróleo e gás realizamos na semana passada um evento no qual foram apresentadas soluções israelenses a um público de dezenas de empresas locais de pequeno e médio porte que atuam nessa área. O evento, organizado em conjunto com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), foi projetado também para promover apresentações de projetos do programa de pesquisa de desenvolvimento com o Brasil, organizados pelo Cientista Chefe no Ministério da Economia, usando editais existentes para apresentação de projetos conjuntos até outubro de 2015.


No evento nós apresentamos ao público brasileiro a oferta de empresas israelenses na área, e vice-versa, além das amplas possibilidades de cooperação na área de pesquisa e desenvolvimento. Agências de financiamento como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foram convidadas para apresentar as possibilidades de financiamento nessa área.


As soluções apresentadas no evento se baseiam no catálogo publicado recentemente pela Secretaria do Cientista Chefe, Matimop (Centro Industrial Israelense para Pesquisa e Desenvolvimento) e o Instituto de Exportação de Israel, que tem 148 empresas israelenses que propõe tecnologias e serviços exclusivos à indústria de óleo e gás. Dentre as tecnologias singulares apresentadas pelas empresas israelenses que parecem no catálogo governamental, podemos encontrar sensores para simulação tridimensional, tecnologias de realidade virtual, sistemas de robótica e automação, tecnologias avançadas para tratamento de água poluída gerada por processos de produção de gás e óleo, sistemas de programa e comunicação, uso de conjuntos de satélite para planejamento de sistemas e controle sobre locais distantes, sistemas avançados de segurança, tecnologias não invasivas de manutenção e operação, identificação e tratamento de escapamento de óleo e mais.


Trata-se de um setor relativamente novo em Israel, que na realidade integra soluções de várias áreas, nas quais já temos experiência. Na minha experiência, na maioria das vezes as empresas israelenses querem se encontrar com empresários de altos cargos das empresas gigantes no Brasil, mas na verdade o caminho para o mercado brasileiro passa pelas pequenas e médias empresas, que fornecem produtos e serviços para as grandes empresas, e por isso nós promovemos cooperações com essas organizações.


Apesar do assunto do gás natural se encontrar ultimamente nas manchetes dos jornais com relação ao acordo do gás, é preciso lembrar que Israel pode aprender com a experiência do Brasil na área, incluindo com relação a regulamentação. O Brasil estabeleceu, há mais de uma década, uma agência reguladora que centraliza as autoridades supervisoras sobre o sistema de abastecimento de gás, óleo e substitutos de combustíveis. Recentemente me encontrei com a presidente da ANP e lhe fiz um convite oficial de visita à Israel.  A presidente Magda Chambriard se mostrou muito interessada nas tecnologias israelenses, e propôs que, além da visita à Israel, que esperamos que aconteça na primeira metade de 2016, haja um encontro de técnicos israelenses e brasileiros no Brasil, em prol do compartilhamento de conhecimento.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

fonte: Ministry of Trade and Labor 

bottom of page